a orgânica_ Sesper 'Formol' na Galeria POP+Rojo.
É uma série de cut&past-up com papelagens variadas de Alexandre Cruz aka Sesper.
Em 2004, fui apresentada ao moço, lá em Porto Alegre, pelo grafiteiro e aglutinador de pessoas, Trampo. Aqui em São Paulo, no dia da abertura da exposição, ele me contou que as colagens surgiram da necessidade de se ‘livrar’ dos materiais que juntava em casa.
É, sei bem como é, a gente acha uma coisa e outra, de repente tem uma coleção.
Um dia a coisa passa do limite e é preciso fazer um despacho...
Pois o dia das tranqueiras do Sesper chegou e viraram obras incríveis, trabalhadas em camadas, onde surgem ricas figuras, textos e letras meio à Dadá ou melhor, com o frescor e a beleza da booa street arte.
a tecnológica_ Emoção art.ficial 4.0 no Itaú Cultural.
Não espere que as coisas se revelem num simples ‘passar de olhos’. É preciso ser curioso, querer saber mais e, - Eei, artistas tecnológicos, qual o problema em criar obras que agradem mais aos olhos, como a Mac faz?
Numa exposição de arte e tecnologia é necessário interagir, mas nem sempre se sabe onde e como pôr a mão.
Em I/VOID/O de Sandro Canavezzi de Abreu me senti uma médica 'instável' fazendo uma ecografia transvaginal numa esfera espelhada.
Então colei nos guias para entender como funcionavam os trabalhos e saber onde estava o conceito de ‘emergência’ em algumas obras.
Relaxei quando vi que outras pessoas estavam na mesma busca: faziam perguntas, se frustravam com as obras ‘em manutenção’, etc.
A presença de monitores/guias/facilitadores-manuais (de manual de instruções mesmo) que expliquem os projetos, aproximem o pensamento do artista do público e orientem a manipulação dos trabalhos é fundamental.
Esta orientação até poderia ser tecnológica, como os fones-instrutores que se encontra nos museus do mundo, mas ‘alguém’ tem que nos contar a historinha. Ok, eu sei que quem nasceu nos anos 80 e 90 tem mais facilidade pra fuçar e operar estas engenhocas...
De qualquer forma, minha tosca e rudimentar sensibilidade à arte tecnológica, reagiu positivamente a três trabalhos:
Roots de Roman Kirschner (Áustria) se inspira na experiência científica que Gordon Pask fez nos anos 50, quando criou um computador eletroquímico. A escultura é meio mini-mundo, onde hastes finas com eletrodos ficam imersas em solução de sulfato de ferro. Em função das cargas elétricas geradas, de tempos em tempos, são formados cristaizinhos negros, que depois desaparecem... A cor do líquido também é mutante e até o final da exposição, passará de âmbar a verde... wow! É meio recriação da natureza. Legal e, ...lindo.
Performative Ecologies de Ruairi Glynn (Inglaterra) quatro robôs fininhos, ‘hiper-ativos e simpáticos' (?!), com antenas sensíveis rastreiam..., fazem uma espécie de reconhecimento das pessoas (pelas faces?) que estão próximas. E como somos, né? ficamos em volta, queremos ser capturados, esperamos que as máquinas entrem em contato, como se fossem cãezinhos farejadores. Perdi o guia neste andar e não entendi bem como funcionava o trabalho.
Lembrei da LeeLoo do Quinto Elemento e estava quase pedindo meu cartão multipass.
(Me) senti meio idiota e no futuro [ou, No future?]
youTAG de Lucas Bambozzi (Brasil) o público escolhe algumas palavras-chave ou frases e o sistema rastreia na web, vídeos e fotos que se associam a estas escolhas. Do folder: 'a peça audiovisual remixada - e de autoria desconhecida - com base em material previamente existente e disponível na rede' é enviada por email para o participante. O meu vídeo chegou hoje.
Escolhi as palavras: lugar, vestimenta e perdido... Só que 'o' sistema fez algumas trocas nas palavras, mas eu não fiquei triste.
Quer ver? Começa com uma banda negra em Cannes, 1958 e passa pra imagens de mangá... uma coisa de loco.
Foi neste momento 'bár-ba-ro' que reconheci a arte e a tecnologia juntas.
Estava tudo alí > conceito, interação, simplicidade, curiosidade, trânsitos diversos e a surpresa: ganhei algo que chegou até mim> imagem e som.
Também deixei de me sentir tosca, porque não precisei de ajuda, descobri tudo sozinha.
Agora eu entendi o que uma ex-assistente do Lucas queria dizer quando passava mal ao ver os trabalhos dele! Adorei, Lucas!
É claro que este trabalho venceu o Rumos Itaú Cultural Arte Cibernética em 2007.
É uma série de cut&past-up com papelagens variadas de Alexandre Cruz aka Sesper.
Em 2004, fui apresentada ao moço, lá em Porto Alegre, pelo grafiteiro e aglutinador de pessoas, Trampo. Aqui em São Paulo, no dia da abertura da exposição, ele me contou que as colagens surgiram da necessidade de se ‘livrar’ dos materiais que juntava em casa.
É, sei bem como é, a gente acha uma coisa e outra, de repente tem uma coleção.
Um dia a coisa passa do limite e é preciso fazer um despacho...
Pois o dia das tranqueiras do Sesper chegou e viraram obras incríveis, trabalhadas em camadas, onde surgem ricas figuras, textos e letras meio à Dadá ou melhor, com o frescor e a beleza da booa street arte.
a tecnológica_ Emoção art.ficial 4.0 no Itaú Cultural.
Não espere que as coisas se revelem num simples ‘passar de olhos’. É preciso ser curioso, querer saber mais e, - Eei, artistas tecnológicos, qual o problema em criar obras que agradem mais aos olhos, como a Mac faz?
Numa exposição de arte e tecnologia é necessário interagir, mas nem sempre se sabe onde e como pôr a mão.
Em I/VOID/O de Sandro Canavezzi de Abreu me senti uma médica 'instável' fazendo uma ecografia transvaginal numa esfera espelhada.
Então colei nos guias para entender como funcionavam os trabalhos e saber onde estava o conceito de ‘emergência’ em algumas obras.
Relaxei quando vi que outras pessoas estavam na mesma busca: faziam perguntas, se frustravam com as obras ‘em manutenção’, etc.
A presença de monitores/guias/facilitadores-manuais (de manual de instruções mesmo) que expliquem os projetos, aproximem o pensamento do artista do público e orientem a manipulação dos trabalhos é fundamental.
Esta orientação até poderia ser tecnológica, como os fones-instrutores que se encontra nos museus do mundo, mas ‘alguém’ tem que nos contar a historinha. Ok, eu sei que quem nasceu nos anos 80 e 90 tem mais facilidade pra fuçar e operar estas engenhocas...
De qualquer forma, minha tosca e rudimentar sensibilidade à arte tecnológica, reagiu positivamente a três trabalhos:
Roots de Roman Kirschner (Áustria) se inspira na experiência científica que Gordon Pask fez nos anos 50, quando criou um computador eletroquímico. A escultura é meio mini-mundo, onde hastes finas com eletrodos ficam imersas em solução de sulfato de ferro. Em função das cargas elétricas geradas, de tempos em tempos, são formados cristaizinhos negros, que depois desaparecem... A cor do líquido também é mutante e até o final da exposição, passará de âmbar a verde... wow! É meio recriação da natureza. Legal e, ...lindo.
Performative Ecologies de Ruairi Glynn (Inglaterra) quatro robôs fininhos, ‘hiper-ativos e simpáticos' (?!), com antenas sensíveis rastreiam..., fazem uma espécie de reconhecimento das pessoas (pelas faces?) que estão próximas. E como somos, né? ficamos em volta, queremos ser capturados, esperamos que as máquinas entrem em contato, como se fossem cãezinhos farejadores. Perdi o guia neste andar e não entendi bem como funcionava o trabalho.
Lembrei da LeeLoo do Quinto Elemento e estava quase pedindo meu cartão multipass.
(Me) senti meio idiota e no futuro [ou, No future?]
youTAG de Lucas Bambozzi (Brasil) o público escolhe algumas palavras-chave ou frases e o sistema rastreia na web, vídeos e fotos que se associam a estas escolhas. Do folder: 'a peça audiovisual remixada - e de autoria desconhecida - com base em material previamente existente e disponível na rede' é enviada por email para o participante. O meu vídeo chegou hoje.
Escolhi as palavras: lugar, vestimenta e perdido... Só que 'o' sistema fez algumas trocas nas palavras, mas eu não fiquei triste.
Quer ver? Começa com uma banda negra em Cannes, 1958 e passa pra imagens de mangá... uma coisa de loco.
Foi neste momento 'bár-ba-ro' que reconheci a arte e a tecnologia juntas.
Estava tudo alí > conceito, interação, simplicidade, curiosidade, trânsitos diversos e a surpresa: ganhei algo que chegou até mim> imagem e som.
Também deixei de me sentir tosca, porque não precisei de ajuda, descobri tudo sozinha.
Agora eu entendi o que uma ex-assistente do Lucas queria dizer quando passava mal ao ver os trabalhos dele! Adorei, Lucas!
É claro que este trabalho venceu o Rumos Itaú Cultural Arte Cibernética em 2007.