Um Dr.INK pro espaço inteiro - o de fora e o de dentro



Quais os limites entre a obra de arte e a sala de exposições?
Quais as fronteiras entre uma festinha fechada, no meio de um dia de semana, com degustação de drink pesquisado pela artista e uma performance?
Qual a importância do visitante, seu corpo (sem acoplamentos, tipo chaves, óculos, carteiras, mochilas, bolsas, sacolas, pastas, casacos e outros apêndices indispensáveis - ou não, ao cotidiano corrido) e suas sensações para a 'materialização' e o entendimento da obra?

E quanto tempo precisamos para perceber o que está contido em outra coisa?

A exposição da artista Lúcia Koch, que rolou hoje, ou melhor, ontem de manhã, só para convidados, no Centro Universitário Maria Antônia, em SP, levanta essas e outras questões como a inesperada associação entre drink e seu sobrenome (Koch-tail), as alquimias (possíveis), os filtros visíveis, palatáveis e os sabores invisíveis.

O convite foi imperativo: DRINK ME!
Não basta ser amigo, tem que participar e bebemos parte da obra: uma mistura de flores, madeiras, raízes e Vodka LEVEL (outro nível da já top Vodka ABSOLUTE) e uma versão sem álcool.

Marilá e Hector

A outra parte era feita de luz do dia, que entrava pelas janelas, devidamente 'corrigida' pela artista, com filtros de cinema e de teatro, dando sequência às suas pesquisas de espaço e luz.

Drink + cor/luz projetada + presença dos visitantes constituíram a obra-espaço-total.
Argots, efeitos etéreos ou mágicos mantinham a sala viva, envolvente. Não tinha a ver com festa, mas tinha, não tinha a ver com vernissage, mas tinha, não tinha a ver com casa, mas tinha.
Ouvi música que não tinha e pensei como a luz natural revelaria de forma dura aquele espaço...



A última cena?
Eu disse cena?! foi um brinde com os amigos que permaneceram até o final: Lúcia, 'Grace', eu, Jorginho Menna Barreto e as moças do Centro Cultural da Espanha!
Tim tim, Lucia.
Tudo foi captado, filmado, documentado, 'quadro-a-quadro'...

Rolleyflex e os filtros

Eu, enquanto hostess da 'expo-balada', tratei de registrar o nome dos presentes.
Depois, fomos pra um almoçinho leve e um café expresso, com direito a descoberta de sachês de açúcar com mensagens fofas (doces?): a Lúcia jogou na bolsa pacotinhos de ... beije mais! Eu achei que precisava de um ... invente menos problemas! Beleza.

Passei a tarde leve, com movimentos suavizados e uma sensação gostosa de apaixonamento. Hummn...
Mas que efeito estranho, paixão sem subject?
Ah é Arte de efeito sutil, sensacional (...entendeu o termo aqui?!) estendido.
Tudo 'friamente calculado' pela maga Lúcia (Rescue) Koch.

Lúcia e seu KOCH-tel

Eu e o drink pelo olhar da Lúcia