Encontro, diariamente, imagens que remetem a outras imagens e a outros tempos.
São situações que associo à História da Humanidade, mas no contexto da História da Arte é uma novidade. Funciona mais ou menos assim: uma frequência se abre, revela e explicita figuras, cenas e espaços como se estivessemos vivento noutro tempo. Está tudo ali, para quem queira ver.
Acima uma porta bloqueada por papel kraft amassado e poeira me remeteu ao estúdio de Duchamp e ao O Grande Video (1915-23). Alameda Glete, Bairro Santa Cecília.
E o vislumbre noturno, urbano e solitário da lanchonete de esquina, vista da janela da área de serviço do meu apto, me transportou à Nighthawks (1942) do pintor americano Edward Hopper. Alameda Barão de Limeira esquina com Alameda Ribeiro da Silva
E o "Seu Jorge" andando próximo ao Hotel Cambridge, no vale do Anhangabaú?
Há quem diga se tratar do espectro de Basquiat.
Até pode ser que ele tenha ficado na minha mente, já que, ontem, larguei pro mundo ou melhor, dei de presente pro amigo Grace, uma capanguinha rosa com um print (em stencil) do rosto do Basquiat, feito pelo Trident (PoA). Era nela que eu guardava a minha câmera fotográfica.
Gosto de selecionar um filtro no Photoshop pra equalizar foto e assunto.
Voilá. Tou pronta pra mais encontros associações apontamentos pra me apropriar e lincar à arte, seja em praças, bancos, estradas, cenas... como também (ou Tão Bem) fazia Hélio Oiticica.