
Acho que só eu não tenho e não gosto de bichos de estimação!
Serve joaninhas e cascudos?
Gosto de bicho solto, que vem e que vai...
A ação de estimar bichos não combina comigo, sou desajeitada pra brincar e pra cuidar de plantas, imagina de bichos... Não tenho afinidade com cachorros, acho eles bobos. Os gatos são mais atraentes, vi um bem bonitinho, mumificado, na ala egípcia do British Museum, em Londres. Mas não pense que sou adepta da taxidermia - técnica (arte?) de reconstituir e conservar um animal morto, nahnn.
Prefiro crianças (oops, tá estranho isso... mas é nova frase, não tem a ver com a taxidermia viu?)
Qualquer criança, até as rebeldes e ranhentas me interessam. (tá estranho de novo, soa meio Michael Jackson... o que quero dizer é, que meu sentimento maternal/fraternal só se manifesta para crianças... não pra bichos, ufa!)
Alguns meses atrás, acompanhei duas amigas que amam animais, até um shopping na Marginal Tietê, especializado em bichanos. Passei mal.
Além do minizoo, farmácia, salão de beleza com vitrine, área com publicações e vídeos temáticos, corredores com todo tipo de alimentação, areia, objetos e outras necessidades (inventadas ou reais) dos bichinhos urbanos, uma seção chamou minha atenção, pelo lado freak, foi a de roupas e acessórios. Era muita variedade de peças com tamanhos, tecidos, modelagens, estilos e preços!
As lingeries e as roupas de casamento - o wedding dress para 'Elas' e tux para 'Eles', quase me fizeram vomitar e mereciam um selo de inutilidade, tipo: 'Sr. Juiz, por favor, Páre, agora...'
Tudo bem, o mundo contemporâneo está cheio de exemplos da coisificação. E muito mais vem por aí. Já vivemos num mundo 'Blade Runner', lembra das matérias em jornais sobre chips em humanos e a criação das sub-raças??!!
É a necessidade do homem de se projetar, agora não mais no outro, que parece muito instável, mas nas coisas que pode dominar. O pensador italiano Mario Perniola trata muito bem disso, quando fala do 'sex appeal do inorgânico'.
E não são raras as vezes que o homem trata outro ser humano como objeto ou... como bicho. Lembra da mulher-objeto? Então, agora o conceito se difundiu.
Mas tratar bicho como gente é estranho. Não falo da tosa, banho e cuidados veterinários, falo de vestí-los de noivos! Putz, eu encasquetei com isso, neah?
Outro dia uma menina comentou que seu namorado tinha em casa uma cobra amarela e que a alimentava com ratos, mas queria comprar um sapo africano azul. Também falou das aranhas africanas que são transportadas em caixas forradas com cd, para despistar o rastreamento. E que o namorado já teve escorpião de estimação.
Um amigo já fez tudo isso também, mas o lado freak na conversa estava no fato dela prefirir 'uma geladeira de skol na sala'.
Ainda tem aquelas pessoas que lembram bichos: você já viu andando por aí... corujas, hienas, cavalos, peixes, leões, sapos, macacos!
A Rihanna por exemplo, aquela Ela, Ela, ê, ê, ê, ê, êêh do R&B americano, que nesta semana ganhou o prêmio 'Video of the Year' e 'Monster Single of the Year' no VMA com o hit aderente Umbrella! tem rosto de bichinho.
Na cerimônia de premiação foi vestida de SEREIA e subiu no palco, arrastando o corpão como PINGUIM, porque o vestido era muito, muito justo na cintura, no quadril e no joelho...


Então, se olhar melhor, aparece até um 'i' cursivo, ou seria um acento circunflexo, sob o nariz!? Sorry, Rihanna. http://www.rihannasite.com/
Bom, pra não dizer que não gosto de bicho, outro dia descobri uma nova espécie e me identifiquei imediatamente, principalmente em dias de TPM: É o Urso BiPolar, criado pelo Casseta & Planeta! (isso tá muito pós-moderno).
Só não vou explicar aqui por que, pra não abalar a imagem positiva que as pessoas podem ter de mim. (^_*)