A casa

Não estou entendendo, não é saudosismo, mas sinto Porto Alegre inteira como uma casa.
Passeio pelas ruas, encontro as pessoas, identifico as pequenas mudanças... revejo os lugares: tomo sorvete artesanal nos judeus, como o bauru gigante do Trianon...
trabalho num evento à beira do Guaíba e a banda que faz o encerramento é formada por amigos: trata-se da maravilhosa Ultramen.
Sento num café/livraria e em meia hora, outro amigo, professor de jornalismo da UFRGS me ajuda a escolher livros que podem melhorar meu projeto de Mestrado.
Atravesso a rua e recebo um convite pra festa de final de ano da Casa de Cinema!
Pessoas, bonitas por natureza, cuidam do corpo nos parques da cidade...
Vou pra casa e revejo meu passado em fotos por décadas... reorganizo os livros, encontro um paletó marinho da Benetton... E o ônibus que, em outros tempos, eu não pegava porque o trajeto era muito longo, hoje parece cruzar a cidade, rapidamente.
Levanto o telefone e marco uma hora na cabelereira (mais) rock da cidade.
O que me faz partir, o que falta, então?

ouvindo: FOREVER BEGINS - COMMON