PS: ainda sobre o Mar del Plata

Pra provar que minha visão das águas porteñas não é uma coisa comum:

Quinta passada, por volta das seis da manhã, viajei de Porto Alegre para São Paulo, num vôo da TAM.
Choviscava ao decolar e na maior parte do tempo, viajamos com nebulosidade, mais precisamente entre duas camadas de nuvens, num lugar que mais parecia o paraíso.
Só percebi que estávamos sobre o mar, quando as nuvens inferiores se abriram e eu vi a praia e uma ponta de baía [imaginei ser Florianópolis], pequenas ilhas no mar e micro trajetos espumantes feitos pelas embarcações.
Depois, avistei vários navios 'estacionados' no mar, aguardando para entrar no porto ?! [seria de Itajaí ou Paranaguá] ou simplemente pescando...
As nuvens se misturavam à paisagem de fundo, mas quando chegamos à Santos, o céu estava limpo e o avião entrou no continente.
Da posição onde estava, só conseguia ver de onde viemos e a cidade abaixo, com suas grandes áreas construídas, as fábricas, as refinarias(?), suas chaminés ativas e as estradas que se perdiam no exuberante trecho de Mata Atlântica.
Para minha surpresa, começamos a girar sobre a mata. [Sempre faço esta viagem à noite, então, tudo era novidade] Pensei que precisávamos mudar de direção, mas o avião deu uma volta de 360 graus e eu pude ver o sol da manhã dourando o mar ao norte, assim como a mata e as sombras, que mais pareciam um longo tapete de veludo verde musgo (?! de longe tudo fica pequeno, mesmo. Onde já se viu comparar mata com musgo! rs)
O avião só estava dando um tempo, brincando de carrossel..., pois seguimos a rota inicial em direção ao aeroporto em Guarulhos.

Moral da história: nem sempre a luz da manhã pinta as águas de prata, pode ser de dourado também. [hehe]