Meio 'lavagem cerebral, é verdade, já que esfolei os ouvidos com o cd Toxicity do System of a Down/SOAD.
Ok, ok, nada de novo, mas pra mim é.
Sabia da existência da banda, mas nunca pensei em ouvir new metal !
Em 2003 [ainda estava em Porto Alegre], produzi e escrevi uma matéria para a revista Novità sobre o renascimento do Rock e chamei o fotógrafo Daniel Sasso pra documentar as bandas gaúchas e a garotada Emocore que começou a dividir espaço com punks e góticos no Parque da cidade, todo domingo.
Lembro que estávamos indo pra FunHouse - um (ex)casarão/inferninho do rock portoalegrense, entrevistar o Marcelo Gross e o Beto Bruno da banda Cachorro Grande, quando o Dani surtou, dizendo que pre-ci-sa-va [sim, a necessidade era física] ouvir uma música específica do SOAD. Não vou lembrar qual era...
Achei aquilo muito estranho, mas interessante, até porque não foi uma ação simples, tipo 'dar play' em um aparelho de som, tivemos que buscar o cd em algum lugar e quando a música estava no fim, ele parecia aliviado!
Gostei do vocal, fiz algumas perguntas sobre a banda e depois esqueci.
Naquele momento, eu estava encantada com o rock retrô e elegante dos Strokes e havia resgatado meus discos do The Who.
Foi o energético disco de Serj Tankian [vocalista da SOAD] que me fez buscar os discos do Sistem of a Down - banda que está em stand by, para que os músicos toquem seus projetos-solo.
Meu mood está mais pro novo disco 'Elect the Dead' de Serj, mas adoro saber de onde as coisas vem... Entre os links do blog está o site do músico-poeta e ativista armênio/americano.
+ Cultura?
Fui ao evento Que situação, hein Debord?, no CCBB, assistir um filme feito pelo Guy Debord, mais documentários e movies de artistas sobre o tema 'A Sociedade do Espetáculo'.
Fiquei pro bate-papo com Mario Ramiro e Karine Batista (Fox CMI) sobre Cidade, Arte e Ativismo, projetos independentes que privilegiam a deriva, como propuseram os situacionistas.
Entre meus links está um blog bacana, escrito por um homeless inglês...
foto Marion: parte do projeto Pavimento. Painel encontrado na rua. Centro de SP, 2007. Estava chovendo quando saí do CCBB, perto das 21h30. Pra quem não sabe, o Centro Cultural fica localizado num imponente prédio de 1901, no centro da cidade. O entorno é um labirinto calçado, entre outros prédios do começo do século XX, que àquela hora e no meio de um feriado, dava arrepios, de tão vazio. Numa das ruas, um grupo de trabalhadores com uniformes laranja e capas plásticas amarelas se aglomerava e falava alto. Noutra esquina, um homem se protegia da chuva, encostado numa cortina de ferro de loja. Segui a rua serpenteada, a passos largos, em direção ao metrô. Quando cheguei na entrada da estação São Bento, o relógio do Mosteiro de São Bento, solenemente, tocou 15 para as 10. Blêeem...
foto Marion: 'A cidade joga comigo'- todas as cartas do painel foram encontradas nas ruas de Porto Alegre e São Paulo, viradas para baixo.
Tá bom assim ou quer saber +?