Turbulências emocionais, poucas imagens e muitas vantagens

foto: momento cicatriz da Terra. Antes de sobrevoar a fronteira do RS com SC, vi este vale forrado de nuvens em pleno planalto.

O céu estava azul cobalto, quando entrei no táxi.

Esta foi uma estadia diferente em Porto Alegre (4 dias) e isto não significa que foi bom ou ruim. Foi apenas diferente... Até meu trajeto pro aeroporto mudou. Chamei o táxi no Bom Fim, que pegou o túnel, contornou a rodoviária e entrou na Av. que se transforma em Freeway, pra fugir das sinaleiras que fragmentam o caminho.

Não estava prestando atenção em nada, até aparecerem os sobrados populares que substituíram os barracos de uma favela que ficava na margem esquerda da Avenida. Na verdade, meus olhos sonolentos foram surpreendidos pela repetição e uniformidade...
Num trecho de céu, uma luz grande e forte se destacou.
Como ali é lugar de saídas e chegadas de aviões, achei que um deles se aproximava da pista de pouso com a luz acesa. Só que a luz não mudou de lugar e nenhum avião desceu.
Fixei o olhar pra não perder nada e torci pra ser um OVNi.
Quando as construções ficavam em primeiro plano, eu esperava reencontrar a luz mais adiante. [estranho isso de reencontrar a luz...!?].
Já na rampa do aeroporto, me convenci que se tratava de um planeta despontando com o dia.

Depois do check-in tomei o café da manhã num quiosque da sala de embarque: café duplo pingado de leite em copo de isopor e uma garrafa de água mineral.
Do lado de fora, o sol já tinha modificado a paisagem e a cidade amanhecia mais seca. É que um cano de distribuição de água de 1924 (?) rompeu, deíxando 15 bairros sem água.
Consegui tomar banho, mas fiquei pensando se a água sumir das nosssas torneiras para sempre... ou, se não pudermos mais pagar pelo seu preço! E fiquei com medo! Tenho controlado meu consumo de água ao lavar as mãos, os dentes, a louça... só não consegui reduzir o tempo de banho e o ciclo longo na máquina de lavar roupas.
Quais foram as vantagens desta viagem-relâmpago, então?
A passagem SP_PoA_SP pela Varig a R$96,00 (+ taxas); a compra de um livro sobre a História do Rock [ano a ano] que já custava a barbada de R$ 50 e poucos e, com o resgate de pontos acumulados na Livaria Cultura, ficou pela metade; assistir, de novo, o filme 'Na Natureza Selvagem', desta vez com o meu filho Cauan e entrar a madrugada conversando sobre o tema do seu TCC; comer junkie food (Xis-frango gigante e Coca litro) num buteco amarelo de estilo 'praiano', lá pros lados do Morro Santana, com meus dois filhotes e um amigo deles, o grande figura Cláudio Mariano [na verdade, amigo de todos nós]; procurar um cd cadastrado no sistema e perdido nas prateleiras da Livraria, ao lado de um funcionário que revelou ter ido a um show meu com a Plastic Dream e ter o 'classico' [segundo ele] vinil 'Assim na Terra como no Céu. Não encontramos o cd, mas a conversa foi legal!
E a melhor de todas as notícias veio do ortopedista, ao dizer que eu não tinha fraturado nenhum osso do pé e sim inflamado um nervo.
Nada que uma semana com anti-inflamatório não resolvesse.
foto rastreada no Google. Sorry pelos direitos autorais, não lembro em qual endereço entrei, mas quem deixou esse desenho lá, saiba que me ajudou muito a entender as minhas radiografias do pé...
E... prometo cuidar mais das bases!