Eu, via oral en Peru y con la mano boba

Hoje fez 50 graus? Foi um calor incrível...
É nesses dias que eu acredito que o mar está logo ali.
Mas não está. O mar é só de gente e de carros.
Sei que soa redundante falar de calor, de aglomeração de gente e de carros nas grandes metrópoles. Até o Le Monde Diplomatique/Brasil já tratou disso. O que quero dizer é que não estou acostumada a enfrentar as horas de rush, consigo me organizar para estar nos pontos críticos antes ou depois desses horários, também, não passo por quatro bairros com horário para fazer as tarefas. É um luxo, eu sei, mas não tenho vocação [nem idade] para ser motoboy.
Hoje, assim como ontem, fui cedo pra rua: estou produzindo o figurino para um curta de arte [depois eu conto mais. A filmagem será neste domingo] e precisava resgatar um cachê que empacou e estava acabando comigo.
Então, percorri diversos bairros: caminhei, trepidei em muitos ônibus, entrei e saí de diversos metrôs com sacolas na mão. Durante os trajetos fiz pit-stops em postos de gasolina para comprar água, pedir informação ou dar um tempo. Também fotografei coisas interessantes pelo caminho, como a porta telada de uma gráfica na Barra Funda, com camadas de tiras de papéis coladas.
Da via urbana eu já contei. Falta a via oral...
Humn, já postei aqui sobre uma ação-fotográfica-relâmpago que fiz para o site de um artista amigo, Pier Stockholm (o endereço está nos meus links ao lado).
Pois ele mandou uma matéria sobre suas tees - i love Prozac, recém publicada no jornal El Comercio - a 'Folha de São Paulo' de Lima/Peru (?!), local de origem do meu amigo e lugar onde passei um tempo da minha vida.
Uma das fotos que fiz pra ele, onde apareço com tattoos e tee, foi publicada lá.
[Eu adoro o trabalho do Pier! Sobre o remedinho, nos anos 90, tomei uma versão genérica de Prozac. O título trata disso. É perversinho, nada pervertido].
Agora sobre a mão boba...
De tanto carregar sacolas, andar com a cabeça ao sol, ficar trancafiada, me equilibrando em micro-ônibus no engarrafamento da Teodoro Sampaio, minha mão ficou boba...
E meu pulso dói!
Comecei a fazer coisas que não faço em condições normais, como derrubar (e espatifar) uma embalagem de shampoo ecológico na Drogaria Onofre.
Os funcionários foram muito gentis, não me fizeram pagar, mas pegaram meus dados, porque alguém vai ligar confirmando o ocorrido.
Assim como é raro ter dor de cabeça, não sou desastrada. Quando vou comprar algo, re-organizo o que está fora de lugar, como revistas, livros em bancas e livrarias. Também colocoos cds/dvds fora de ordem alfabética nas prateleiras corretas... Sério. Já cansei de procurar um item e não encontrar porque estava fora de lugar...
Na Onofre, comprei outro shampoo da eco marca, pra não sair da loja só com a caixa de vitamina C e ganhei desconto de R$2,00!
No supermercado, tomei um cuidado maior, porque senti a mão trêmula, 'boba'... E tudo foi bem, até eu chegar no caixa.
Consegui derrubar o teclado que fica dentro do balcão da funcionária!
Pedi desculpas e ela não respondeu. Colocou tudo no lugar e começou a digitar os meus produtos... Tem cartão Mais? Quer Nota Fiscal Paulista?
Ali não ganhei desconto.