the wind the incense and the girl

Pára, pára. Páara.
Não tenho que concluir nada e
não quero pensar mais nisso.
É isso, tou precisando encher a casa de fumaça
dos incensos.
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A menina subiu uma escada com várias coisas na mão, entre elas: uma vareta metálica parecida com as antigas antenas internas de tevê. Quando desceu, o tubo entrou no seu olho esquerdo, fazendo um buraco bem perto da íris e estampando uma gota de sangue na parte fibrosa e branca. Ela não se abalou, não sentiu nada. Não chorou, ficou muda. Eu tentei ajudar, dizendo que não sabíamos avaliar a profundidade daquela perfuração, então, ela deveria parar de vir por um tempo, para poder cuidar daquilo.
.......

Com vento, a cidade fica mais bonita.
Dá pra ver as nuvens andando rápidas, os cabelos das pessoas se rebelando, as roupas ondulando como bandeiras. As árvores e todas as plantas tentam sair do chão... Tudo anda, até mesmo os papéis... Na bancada da livraria folheei um pequeno livro e li o começo de uma poesia de Jonh Keats, que dizia: 'What is more gentle than a wind in summer?'
Ainda não é verão, mas sorri e voltei pra rua,