Drops RADICAL nada CHIC

Ontem e hoje, passei de ônibus e a pé pela Av. Europa e suas revendas de carros luxuosos: BMW, Ferrari, Nissan, Chrysler. E quer saber?
Do fundo do meu coração, olhei pra todos aqueles carros e não se manifestou nenhuma cobiça!
Ao olhar pro outro lado da avenida, me deparei com a loja da Harley Davidson.
Humn..., uma lacuna se abriu.
Brincadeirinha, é muito rocknroll.
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Precisava de meias 3/4 e entrei numa loja de roupa íntima, em frente à estação Ana Rosa do metrô. Achei um pacote com 10 caixinhas de meia preta.
O atendente viu que eu ia destruir o pacote e disse:
- Tem avulso aqui, à R$2,50.
Peguei uma. Saí. Voltei.
Sorrindo, disse que ia pegar mais uma.
Ele retribuiu o sorriso com um: - Mereceu!
Adoorei. Não veio acrescido do 'gaatah' dos Jardins.
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19h, luz do dia. Decidi caminhar pela Av. Paulista ao invés de pegar o ônibus num trânsito engarrafado e o metrô lotado.
Joguei meu casaquinho preto de malha entre as alças da mochila azul, mas fiquei com medo de perdê-lo no caminho.
Entào, enfiei a mão direita no punho estreito e com cinco mini botões de madrepérola pra controlar a situação.
Criei uma situação stylish, pois parecia uma luvinha de Harajuku.
Algumas quadras depois, cruzei com um jovem interessante e descolado.
Ele não tinha a mão direita e colocou na ponta do pulso, uma meinha de celular do Homem Aranha!
Bem resolvidos: o cara e a situação que ele criou.
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Houve um tempo que fiz aulas de inglês com uma amiga, em Porto Alegre. Ela escolhia assuntos bem legais para trabalhar comigo (música, Londres, arte...)
Um dia me pediu para ler, em voz alta, um texto sobre a vida de Charles Dickens.
Eu lia os dois primeiros parágrafos e a voz sumia no terceiro, porque uma enorme bola (de emoção) se formava na garganta e eu tinha que disfarçar para não chorar.
Isso aconteceu umas 2 ou 3 vezes. Precisávamos parar pra eu tomar água, ir ao banheiro...
Voltava a ler e nada de passar daquele lugar, até que comecei a chorar. Acho que minha amiga/professora se assustou. Realmente, não dava para entender.
Eu não sabia o que me emocionava tanto.
Só entendi quando cheguei à São Paulo.
Quando encontrei um livro de Contos dele, comprei.
Acho que a minha vocação para olhar com amor o que acontece nas ruas, querer saber sobre o outro, sorrir, me emocionar e voltar pra casa cheia de histórias é o que me aproxima de Dickens...
Claro, guardadas as devidas proporções: eu não fui pobre como ele (também não sou rica), tem muita coisa na rua que desconheço (mas entendo) e não escrevo a sua altura (o que é uma pena!)
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Pensando assim, preciso descobrir o que tanto me irrita no Bob Dylan.
Ah! eu não gosto de amarelo, mas comprei um esmalte desta cor.
Ando tão estranha... LoL.