Ano passado, Yoko Ono me fez rir. De felicidade, de graça e admiração, em sua performance no Teatro Municipal. Sigo praticando com my ONOCHORD. Hoje, a Sra Yoko me fez chorar... diversas vezes! Pela projeção da luz. Porque ia falar mesmo com falta de luz no lugar. Pelo pote de cerâmica quebrado, pelo pote de cerâmica inteiro em pé. pelas respostas sintéticas e sagazes, pela beleza, suavidade e determinação.
Por causa do olhar de amor endereçado a John. Por causa de John. Por imagine,
Por Love, & Peace.
again e again. Pela lanterna que piscava de suas mãos, na nossa direção 'dizendo' o tempo todo: i ii iii (i love you). Pelo Ex-it (the gates of hell are only a play of light) com 60 caixõezinhos de madeira clara e árvores brotando lá de dentro. Pela árvore dos desejos. Pela The Plastic Ono Band, Pela The Plastic Dream, pelas observações do céu em 'painting to see the skies' (1961), pelos meus estudos do céu, para pintar o 'Mundo Flutuante'(1990). :)Por Hope, por Obama, pelo Ibama, pelos índios (todos e cada um), pelos árabes, pelos judeus, pelos japoneses... por um mundo de gente.
Pelo Ianês, outra vez, fumando no mezanino da Bienal. Ele guarda distância pelo silêncio. Pelo Mano Brown e a 'Mulher Elétrica'.
Pelo mundo, again & again.
Então, escolhi almoçar. Salmão rocker em pedaços com agrião. Com tortinha de batata,
da Casa Belfiori, temática e lindamente instalada na Bienal.
Fiquei melhor pela ambiência, pela comida. Pela conversa com a Bianca.
Pela visita a Smetak. Legal. Nada disso se refere a tristeza. É um outro tipo de sentimento. Então, acredite quando eu digo que amo, é porque realmente amo.
