profano e unfashion

Ao clicar meu nome no Google, encontro cada coisa!
Além do que sei e publico, aparecem coisas que não tenho o menor controle ou não sabia que estavam lá. (imagina alguém famoso!)
Apareço em fotologs de pessoas que conheço, comentários em blogs que desconheço e achei meus posts para amigos, meus contratos e editais públicos... Enfim, é uma promiscuidade essa web.
Minha mãe, que achava que nunca ia ter sua imagem veiculada na internet, outro dia se surpreendeu com uma foto dos seus quinze anos (clicada com filme nos anos 50), digitalizada e circulando por aí. Lol. É, ninguém escapa.
Hoje encontrei um flyer do evento/mostra/outlet cultural punk.funk.unfashionview que concebi em Porto Alegre (2002) e onde expus as roupas de papel.
O punk.funk teve duas edições. A primeira se chamava punk.funk.photoview porque tratava de fotografia. A segunda fazia uma provocação ao sistema da moda, por isso o unfashionview.
Além do meu trabalho, este formato artístico (que tentava ser um coletivo, mas não era) contava com a participação fixa da jornalista Nonô Joris e da artista Cláudia Barbisan.
A surpresa ficava por conta dos convidados, vindos de áreas variadas, que também expunham seu trabalho. O primeiro convidado foi o grafiteiro Trampo, que fez um graffiti indoor e pinturinhas sobre folhas de outdoor coladas na parede. O segundo foi o artista/designer argentino Tomás Spicolli que expôs posters em silkscreen e vídeo-colagens.
Começávamos com vernissage, discotecagem, bebidinhas, tudo que uma abertura tem direito e encerrávamos o período expositivo com uma des-vernissage, com direito a manifesto enviado para mailing na internet e souvenirs fotográficos vendidos a preço de pipoca.
[Acho que era uma situação nova pra 2002. Claro que o Sr.Duchamp e os Dadás faziam expo-performance-baladas, Andy Warhol, nem se fala... no Brasil dos anos 70, apesar da ditadura, rolava umas 'parangoleadas' e encontros 'odara', vide Nervo Óptico em Porto Alegre! Depois o povo se institucionalizou e as aberturas de exposição ficaram chatas. Agora voltou a rolar obra-balada-coletiva-aberta, vide as Abravadas e as aberturas da Galeria Vermelho em São Paulo, Ooba!]
Os flyers dos punk.funk tinham idéias e imagens polêmicas ou colagens/cartazes pra sacodir a vida cultural (às vezes bem morna) da cidade. Por exemplo, se o único jornal não podia publicar nossas imagens porque uma das participantes trabalhava nele, começamos a aparecer da cintura pra baixo.
A foto deste flyer foi feita pelo dono do fotolog, o excelente fotógrafo Daniel Sasso, com quem tive oportunidade de trabalhar outras vezes. Enjoy,