Vaporizador de água natural





Mudei a trilha do meu mp3.
Apaguei tudo que ouvia no final do ano passado e joguei dois discos inteiros da SPOON. Um de 2001 e outro de 2007.
Por que?
Vi parte do show da banda no Planeta Terra 2008 e me apaixonei. O link abaixo - o melhor encontrado no Youtube, foi feito pelo amado Markinhos Fagundes. Apesar da distância, a estabilidade da imagem e a qualidade de som superam a gravação do pessoal da Rolling Stone!

Spoon é rock, é pop, tem balanço, é estranho, quase nerd.
Tem suprido minha necessidade de ouvir Pulp, Beatles, The Cure e Supergrass... (!?)
enfim, podia ser british, mas é de Austin, Texas (US).
Talvez esteja aí o estranhamento!
Em entrevista pra Last.fm, o vocalista Britt Daniel fala de Bee Gees, no myspace aparece como influência, Courtney Love.
Bom, melhor não especular mais, só ouvir.

A quarta-feira foi cinzenta em São Paulo.
Por vezes, parecia que um umidificador gigante vaporizava gotículas de água sobre a cidade. Gostoso e triste.
No meio da tarde fiquei presa na porta eletrônica do Banco do Brasil (de novo, só que na agência da Vila Mariana, SP). Sério, tirei tudo da bolsa e entrei com ela vazia sobre o ombro.

Queria ter ido ao lançamento do livro da Nina Lemos 'A ditadura da Moda' na Livraria Cultura dentro do SPFW, mas o convite só foi feito pelo facebook e eu não sabia como entrar (detesto pedir convites).
Como um livro sobre o futuro dos têxteis, encomendado pro Mestrado chegou, passei na importadora pra pegá-lo, mas é claro, achei outros dois títulos legais com desconto no estoque e arrematei.
Não posso passar perto de livros, que enlouqueço. Não importa se é novo ou velho! Herdei isso do meu pai.
Na volta, final de tarde fresquinha prum verão brasileiro, entrei no HSBC-Belas Artes pra um café, comer pipoca e ver o filme francês 'A Bela Junie' (La belle personne) do diretor Christophe Honoré com o belo, moderno e descabelado Louis Garrel. A sessão das 19h20 lotou!
O filme atualiza o romance do século 17 - 'La Princesse de Clèves' numa Paris atual com paisagens cinzentas de inverno.
Mostra jovens (todos lindos!) numa classe de 'ensino médio' (?) em Paris e a diversidade de conflitos amorosos.
É interessante como cada personagem entende o amor e lida com seus sentimentos.
Pra mim, a mais niilista (ou sadomasoquista!?) de todas foi a solução encontrada pela personagem principal Junie, para evitar a perda (perdendo) e não sofrer (sofrendo).