in love com o rap francês

Ando com saudades do rap marrento... visceral e furioso como as poesias de um Antonin Artaud.
Exatamente nesse clipe, lembrei dos tempos em que dava aula de artes numa escola municipal na COHAB-cavalhada, em Porto Alegre. Meus alunos, a maioria negros (tinha também as misturas étnicas com latinos, indígenas, alemães) eram lindos, marrentos e muito criativos.
Dói pensar que poderia ter feito mais pelo talento deles... penso no clipe que nunca gravamos, na demo que não conseguimos agilizar.
Cuidei mais do graffiti (minha disciplina priorizava a imagem, mas eles eram mais musicais) e deixei a música no projeto.
É que não dá pra resolver tudo no mundo, com uma vida só.
Depois, quando fui trabalhar nos Eventos da Secretaria Municipal de Educação consegui cuidar da infra-estrutura de apresentações de grupos de rap e de streetdance das escolas (Nitro Di, Dj Deley, Lica Tito e Trampo sabem bem do que eu estou falando).
Mas queria ter feito mais.