A galeria Bolsa de Arte tem novo endereço em Porto Alegre.
O lugar anterior ficava entre os bairros chiques da cidade: Moinhos de Vento e Mont´Serrat. Era bacana, mas pequeno, tímido até, para representar tantos nomes e linguagens da arte contemporânea nacional e internacional, entre eles: Vera Chaves Barcellos, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Marcos Chaves, Nelson Leirner, Alex Flemming, etc.
A nova sede fica n(a) Floresta - antigo bairro industrial, de casinhas mal conservadas e boates de prostituição, que começa a ser revitalizado, com a chegada de shoppings (como o instalado numa antiga cervejaria), pelas benfeitorias feitas nas avenidas que dão acesso ao aeroporto, bem como, através de projeto para a construção da 1a. linha de metrô, que atravessará a região.
A galeria tem arquitetura ampla e moderna, com sala principal de pé direito alto e mezanino que, além de acolher um pequeno espaço expositivo e a sala da administração, permite uma visão panorâmica do ambiente.
O espaço gramado - jardim gostosinho da sede anterior, foi mantido neste também.
Agora sim, a Bolsa entra em sintonia com as concorridas galerias paulistanas e internacionais.
Para a inauguração, foi montada a exposição coletiva 30+1 com seus artistas representados, entre eles Nelson Leirner com ´o avião´ - obra inspirada num modelo desenhado por Leonardo DaVinci, com uma paca empalhada e apresentada, ano passado, na 29a. Bienal de São Paulo.
E como acontece em eventos com bocalivre, eles, os ´ratos´ de vernissage apareceram. Isso é sinal de sucesso, por aqui... O mais incrível é que sai década, entra década e eles são os mesmos! Veja na foto abaixo, os senhores recostados no sofá.
Das diversas obras expostas, muitas eu já conhecia..., mas uma em especial me intrigou: ´Santa Louis Vuitton´ de Fernando Ribeiro. Uma estátua de capa estampada com o logo da marca de luxo francesa estava devidamente acompanhada da réplica de uma mala e outros itens dentro e fora de um recipiente.
A marca Louis Vuitton tem mais de um século de existência, mas hoje é conhecida pelas bolsas caríssimas, verdadeiras obras de arte comercializadas a clientes seletos. É, também, uma das marcas mais pirateadas no mundo!!!
Louis Vuitton = bolsa de arte. Bolsa de Arte ?! ops,,
[na foto, a vida real imita a arte: uma visitante da galeria veste um manto marrom sem logo e se posiciona estratégicamente atrás da santa... touché]
Pois bem, confesso que os valores astronômicos, a ostentação das peças e a ´devoção´ de seus consumidores me incomodavam. (Seriam essas as questões/motivações da obra? :/)
Continuando..., meu mal estar e preconceito sumiram quando uma matéria sobre a história do Sr. Louis Vuitton caiu nas minhas mãos. Reconheci o talento e virtuosismo do artesão-designer e me encantei com a funcionalidade de suas invenções - verdadeiras mobílias feitas a mão! Com isso até deu pra esquecer que seu público alvo já era madames e ´patricinhas´ parisienses do século XIX...
É claro que os tempos são outros e a cultura da própria marca se modificou, no entanto, seu atual diretor criativo, Marc Jacobs, vem estabelecendo vínculos bem bacanas com a arte.
Então, é melhor não comentar mais a Santa na Bolsa.
A seguir, mais fotos feitas na abertura:
Os capachos comunicantes de Jorge Menna Barreto...
Aproximações florais nas roupas de Jorge Menna Barreto e Marilice Corona
Eu, me vendo numa polaroide agigantada e negativada de Carlos Pasquetti
O lugar anterior ficava entre os bairros chiques da cidade: Moinhos de Vento e Mont´Serrat. Era bacana, mas pequeno, tímido até, para representar tantos nomes e linguagens da arte contemporânea nacional e internacional, entre eles: Vera Chaves Barcellos, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Marcos Chaves, Nelson Leirner, Alex Flemming, etc.
A nova sede fica n(a) Floresta - antigo bairro industrial, de casinhas mal conservadas e boates de prostituição, que começa a ser revitalizado, com a chegada de shoppings (como o instalado numa antiga cervejaria), pelas benfeitorias feitas nas avenidas que dão acesso ao aeroporto, bem como, através de projeto para a construção da 1a. linha de metrô, que atravessará a região.
A galeria tem arquitetura ampla e moderna, com sala principal de pé direito alto e mezanino que, além de acolher um pequeno espaço expositivo e a sala da administração, permite uma visão panorâmica do ambiente.
O espaço gramado - jardim gostosinho da sede anterior, foi mantido neste também.
Agora sim, a Bolsa entra em sintonia com as concorridas galerias paulistanas e internacionais.
Para a inauguração, foi montada a exposição coletiva 30+1 com seus artistas representados, entre eles Nelson Leirner com ´o avião´ - obra inspirada num modelo desenhado por Leonardo DaVinci, com uma paca empalhada e apresentada, ano passado, na 29a. Bienal de São Paulo.
A marca Louis Vuitton tem mais de um século de existência, mas hoje é conhecida pelas bolsas caríssimas, verdadeiras obras de arte comercializadas a clientes seletos. É, também, uma das marcas mais pirateadas no mundo!!!
Louis Vuitton = bolsa de arte. Bolsa de Arte ?! ops,,
Pois bem, confesso que os valores astronômicos, a ostentação das peças e a ´devoção´ de seus consumidores me incomodavam. (Seriam essas as questões/motivações da obra? :/)
Continuando..., meu mal estar e preconceito sumiram quando uma matéria sobre a história do Sr. Louis Vuitton caiu nas minhas mãos. Reconheci o talento e virtuosismo do artesão-designer e me encantei com a funcionalidade de suas invenções - verdadeiras mobílias feitas a mão! Com isso até deu pra esquecer que seu público alvo já era madames e ´patricinhas´ parisienses do século XIX...
É claro que os tempos são outros e a cultura da própria marca se modificou, no entanto, seu atual diretor criativo, Marc Jacobs, vem estabelecendo vínculos bem bacanas com a arte.
Então, é melhor não comentar mais a Santa na Bolsa.
A seguir, mais fotos feitas na abertura:
